sexta-feira, 6 de maio de 2011







Mãe: amor que
ultrapassa medos,
barreiras e supera tudo

* Por Silvana Alves

Nesse segundo domingo do mês de maio comemora-se o símbolo do amor puro, do amor de mãe. Criatura humana que sustenta a dor do parto para trazer ao mundo um pedacinho dela. Amamenta com o leite materno, acolhe com abraço e é capaz de sentir aquilo que o filho sente.
Essas criaturas, abonadas por Deus, são mulheres de fibra, que choram com os filhos e enfrentam leões para fazê-los felizes. É amor que ultrapassa medos, barreiras e supera tudo.
Com 37 anos, Maria de Fátima Silva é mãe de uma adolescente de 15 anos. Sua experiência com a maternidade foi aos 21 anos.
“Naquela época eu não sabia nada. Minha mãe me ajudou muito. Quando eu estava com 25 anos foi que entendi que eu era mãe, e aí tudo se tornou novidade. Ser mãe é tudo, ter responsabilidade, ser dedicada com a filha, aprender a ter esperança, cuidar do marido e casa. Eu aprendi a ser presente, porque o dia a dia é muito corrido e o pouco tempo que temos juntas eu fico com ela e agradeço a Deus”, revela Fátima.
Já a jovem Hosana Riquelme Barbosa, 24, tornou-se mãe recentemente. Longe da família, ela aprende diariamente que cuidar do filhinho de 2 meses é um sentimento que vem de dentro.
“Ser mãe é tudo. Às vezes sinto um medo de não saber cuidar do Davi, mas tem coisa que a gente faz por instinto. O que a gente não sabe, aprende e faz confiante, porque a gente sente” diz Hosana.
Já as mamães mais experientes têm outros medos e muita confiança quando o assunto é filho.
A publicitária Regina Nascimento, 42, foi mãe pela primeira vez aos 23 anos de idade. Depois de 15 anos, aos 40 anos e recém separada, ela descobriu que se tornaria mãe pela terceira vez.
“Eu já tinha 2 filhos, o Rafael de 17 e a Ana Carolina de 19 anos. Descobri que eu seria mãe aos 40 anos, foi uma renovação. Bateu medo, insegurança, mas a gravidez foi tranqüila” revela Regina.
Para uma mulher de 20 anos, se tornar mãe as inseguranças e medos são não saber cuidar do bebezinho. Já para a mulher de 40 anos, a preocupação é voltada para a saúde e para algumas até e aceitação da sociedade.
“Foi uma acolhida. Nas minhas incertezas tive medo dos filhos mais velhos, e foram eles que cuidaram e cuidam da Maria Clara que hoje está com 2 anos. Me preocupei com a minha saúde também. O medo faz parte de tudo que é desconhecido, então é normal. Mas, ao mesmo tempo, com a tecnologia que temos, os médicos, exames, isso te deixa mais tranqüila. Uma jovem fica com medo também” observa Regina.
E, tem as mamães que são mães duas vezes. Aquelas que já se tornaram avós. Como dona Maria Aparecida do Prado Camilo, 61, (dona Cida), mãe de três filhos e avó de oito netos.
“Eu fui mãe nos anos 60, eu tinha 24 anos, e naquela época tudo era mais difícil. Tive meu filho em casa com parteira, sofri muito. Naquele tempo a educação era mais severa, ensinei meus filhos a trabalharem quando crianças. Hoje, as mães deixam os filhos mais liberados e eles se tornam rebeldes”, fala dona Maria Aparecida.
Hoje, a mamãe que já é avó, revela o amor que sente pelos netos. “Eu amo meus filhos, mas eu não esperava gostar tanto dos meus netos como eu gosto. Eu me emociono todas às vezes que falo deles. O amor que sinto por eles é muito grande porque eles são parte dos meus filhos”, revela dona Cida.
Essas quatro mulheres de histórias diferentes têm em comum o amor puro; o amor de Mãe que ultrapassa medos, barreiras e supera tudo.
“Ser boa mãe é saber educar e dar muitos conselhos, porque se não fizermos isso o filhos ficam de qualquer jeito. Educar, ensinar a trabalhar, revelar valores. Neste dia das mães, eu desejo para todas as mães saúde e felicidades, porque ser mãe é ser sofredora. Eu tenho sorte e sou feliz com meus filhos e netos, mas tem muitas mães que sofrem com os filhos, então a elas eu desejo muitas felicidades”, declara dona Cida.
“Eu peço para todas as mães que dêem valor para seus filhos. Não ligue para o que os outros falem. Ser mãe é ser dedicada, ser atenciosa para educá-los”, diz Maria de Fátima.
“Fui mãe aos 20 e 40 anos. Os medos foram diferentes e diluídos com a experiência de vida que você tem e pode fazer. Ser mãe é ver um pedaço de você seguindo, tendo outra vida, outros sonhos fora do seu corpo e evoluindo. Quando você é mãe, independente da idade, você enfrenta tudo. Se você não sabe nadar e seu filho caí numa piscina, você esquece que não sabe e pula para salvá-lo e nem lembra que não sabe nadar. O amor de mãe ultrapassa tudo o que existe”, completa Regina.
Ser mãe é falar de amor, de gratidão, de ensinamento e sabedoria. É crer que um ser humano, ao gerar outra vida, as esperanças se renovam e a vida se torna mais sorridente.






* Jornalista formada pela FATEA (Faculdade Integrada Teresa D´Ávila). Duas palavras falam por mim: vida e poesia.

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