terça-feira, 24 de maio de 2011







Maracatu Barco Virado

* Por José Calvino de Andrade Lima

Olha que batuque, minha gente,
eu quero mostrar,
é o Barco Virado,
pra todo mundo dançar.

Dança preto e dança branco,
no Maracatu da Mata,
já dançavam os escravos,
sob o som dos atabaques.

O Maracatu no Paço,
ao paço pela tarde,
os reis vão assistir,
o rítmico do passo...
a alma negra está em nós,
o espírito da liberdade,
o batuque no terreiro,
este samba é de nós.

Dança, dança, minha gente,
hoje não há mais escravos,
e vamos sambar,
eu quero é sambar,
eu quero é sambar...


* Escritor, poeta, teatrólogo, compositor e rei do Maracatu Barco Virado.

3 comentários:

  1. Este barco eu vi no desfile do Galo da Madrugada (2010), e no registro festa Literária Internacional - Fliporto -), o escritor Calvino com sua popularidade atraía a atenção no meio da multidão:
    "Dança, dança, minha gente,
    hoje não há mais escravos,
    e vamos sambar,
    eu quero é sambar,
    eu quero é sambar..."

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  2. Tive o grato prazer de acompanhar em uma
    cidade do interior do Rio a festa de Dia de
    Reis. Acompanhei todo o trajeto encantada
    tanto pelas cores como pela fé de seus seguidores
    tão empenhados.
    Talvez nem se compare ao Maracatu Barco Virado
    mas deve encantar da mesma forma.
    Que você redobre sempre suas energias para manter
    essa magia.
    Beijão Zé.

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  3. Grato, Dilma!
    E vamos sambar, eu quero é sambar...

    Núbia, os maracatus clamam por mais ajuda. Um dos maiores representantes do folclore pernambucano, corre o risco de desaparecer por falta de apoio e divulgação. Geralmente seus seguidores são pessoas pobres. Não é o caso do Barco Virado (fictício), canto sempre (péssimo cantor rs) em roda de samba. Ultimamente estou devagar... depois eu conto pra vocês!
    Abração para todaos

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