Guerra de vaidades
* Por Rodrigo Ramazzini
Encontro na porta de um salão de beleza.
- Oi, Magda! Que surpresa te encontrar por aqui. Tudo bem?
- Tudo bem sim, Flor! Estava dando uma arrumadinha no cabelo. Olha... O que achas?
- Até ficou bonito! Esse salão é ótimo... Eles fazem cada mágica com a gente!
- Imagino no teu caso! Há! Há! Há!... Brincadeirinha, amiga. Vieste arrumar o cabelo, também?
- Não! Não! Só reparar as unhas que estraguei durante o casamento da minha filha...
- Esmalte de segunda é fogo! Mas eu soube do casamento da Cíntia...
- Pois é! Todo mundo soube mesmo. Também, uma festa grandiosa como aquela foram poucas por essas bandas...
- É verdade!
- Mais de quinhentos convidados, um Buffet da capital para servir o pessoal, a decoração feita por uma empresa do Paraná, duas bandas para animar a festa... Um luxo só!
- Imagino! Ouvi o pessoal comentando sobre a festa... Vocês deve ter gasto uma grana, não?
- Até que não! Saiu muito mais barato do que pensávamos e que a Cíntia merecia...
- Tomara que dure o casamento, né?
- E porque não duraria?
- Geralmente, quando o casal faz uma festa de arromba dessas o casamento acaba não durando muito...
- Vai durar, sim!
- Sei lá se é “olho gordo” que colocam... Mas, enfim... Tomara que sejam felizes para sempre, né?
- Com certeza! Mas trocando de assunto... E o Júlio, teu marido... Como está?
- Não soube do Júlio?
- Não! Não me diz que morreu?
- Não! Não! Foi promovido ao cargo de gerente na empresa... Está em São Paulo fazendo um curso...
- Quem diria o Julio de gerente, né? Ele é o legítimo caso de “quem te viu, quem te vê”, né?
- E o teu marido?
- Está em casa... Tirou uns dias de folga... Está lá mexendo no Jet Ski novo que ele comprou...
- Jet Ski? Que chique! Mas é uma coisa meio inútil, não?
- Pois é... Mas homem quando encasqueta de comprar algo, sai da frente!
- É verdade! E o Felipe?
- Morando em Recife, ainda...
- Esse não volta mais, né?
- Acho que não!
- Sinceramente, não sei como ele consegue viver lá... Muito diferente daqui... Ano passado, nós passamos férias por lá...
- Ele gosta! Fazer o que...
- É! O brabo é a saudade...
- É verdade! E vocês não quiseram ter filhos, ainda?
- Ainda, não!
- Não vai virar uma “mãe-avó”, hein?
- Não! Não! Logo, logo a gente encomenda um...
- Eu achei que tu até estavas grávida... Tu deste uma engordadinha, não?
- Impressão tua...
- Bom, amiga! Preciso entrar no salão porque tenho hora marcada. Bom te ver. Vê se aparece uma hora lá em casa...
- Tu também apareces na minha!
- Tchau!
- Tchau!
E, as duas seguem caminhos distintos, mas com o mesmo pensamento:
- Que mulher nojenta! Aparecida...
• Jornalista
Encontro na porta de um salão de beleza.
- Oi, Magda! Que surpresa te encontrar por aqui. Tudo bem?
- Tudo bem sim, Flor! Estava dando uma arrumadinha no cabelo. Olha... O que achas?
- Até ficou bonito! Esse salão é ótimo... Eles fazem cada mágica com a gente!
- Imagino no teu caso! Há! Há! Há!... Brincadeirinha, amiga. Vieste arrumar o cabelo, também?
- Não! Não! Só reparar as unhas que estraguei durante o casamento da minha filha...
- Esmalte de segunda é fogo! Mas eu soube do casamento da Cíntia...
- Pois é! Todo mundo soube mesmo. Também, uma festa grandiosa como aquela foram poucas por essas bandas...
- É verdade!
- Mais de quinhentos convidados, um Buffet da capital para servir o pessoal, a decoração feita por uma empresa do Paraná, duas bandas para animar a festa... Um luxo só!
- Imagino! Ouvi o pessoal comentando sobre a festa... Vocês deve ter gasto uma grana, não?
- Até que não! Saiu muito mais barato do que pensávamos e que a Cíntia merecia...
- Tomara que dure o casamento, né?
- E porque não duraria?
- Geralmente, quando o casal faz uma festa de arromba dessas o casamento acaba não durando muito...
- Vai durar, sim!
- Sei lá se é “olho gordo” que colocam... Mas, enfim... Tomara que sejam felizes para sempre, né?
- Com certeza! Mas trocando de assunto... E o Júlio, teu marido... Como está?
- Não soube do Júlio?
- Não! Não me diz que morreu?
- Não! Não! Foi promovido ao cargo de gerente na empresa... Está em São Paulo fazendo um curso...
- Quem diria o Julio de gerente, né? Ele é o legítimo caso de “quem te viu, quem te vê”, né?
- E o teu marido?
- Está em casa... Tirou uns dias de folga... Está lá mexendo no Jet Ski novo que ele comprou...
- Jet Ski? Que chique! Mas é uma coisa meio inútil, não?
- Pois é... Mas homem quando encasqueta de comprar algo, sai da frente!
- É verdade! E o Felipe?
- Morando em Recife, ainda...
- Esse não volta mais, né?
- Acho que não!
- Sinceramente, não sei como ele consegue viver lá... Muito diferente daqui... Ano passado, nós passamos férias por lá...
- Ele gosta! Fazer o que...
- É! O brabo é a saudade...
- É verdade! E vocês não quiseram ter filhos, ainda?
- Ainda, não!
- Não vai virar uma “mãe-avó”, hein?
- Não! Não! Logo, logo a gente encomenda um...
- Eu achei que tu até estavas grávida... Tu deste uma engordadinha, não?
- Impressão tua...
- Bom, amiga! Preciso entrar no salão porque tenho hora marcada. Bom te ver. Vê se aparece uma hora lá em casa...
- Tu também apareces na minha!
- Tchau!
- Tchau!
E, as duas seguem caminhos distintos, mas com o mesmo pensamento:
- Que mulher nojenta! Aparecida...
• Jornalista
Mulher é um bichinho complicado...
ResponderExcluirSe vai a uma festa linda e maravilhosa
empaca quando vê outra brilhando mais que ela.
No salão a escova da fulana fica horrorosa.
Uma competição besta que não tem fim.
Abração Rodrigo
Horror dos horrores, mas de amigas assim, dá para divorciar sem traumas.
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