Sobre as lembranças
* Por Fabiana Bórgia
* Por Fabiana Bórgia
Aos finais de semana, tenho um ritual. E não é acordar, tomar café e ler jornal. Faço minhas leituras virtuais, principalmente nos blogs que costumo acessar. Hoje, por exemplo, entrei num blog onde o texto falava sobre lembranças.
É bem verdade que eu sempre tive muita facilidade para escrever, porque quando aprendi a arte da escrita, consegui entender que ela estava atrelada à criação, e que por meio de palavras eu poderia ser. Poderia dizer, poderia sentir, poderia, inclusive, mudar.
Assim, o binômio escrita-criação, por fazer parte do meu cotidiano, passou a ser também possibilidade.
Assim, o binômio escrita-criação, por fazer parte do meu cotidiano, passou a ser também possibilidade.
Concomitantemente, passou a ser uma máquina do tempo possível: uma oportunidade de visitar o meu passado, por meio de lembranças. Já escrevi diários, contando coisas extremamente simples: "Hoje estudei matemática. Mas não a compreendo. Por que devo estudá-la?" Enfim, hoje sonhei até que estava aprendendo e respeitando a matemática. Mas esta é uma outra história.
O fato é que por meio de diários fui exercitando minha escrita. E mais do que isso: solidificando minha estrada, minha história, minha vida. Lembro-me de um dos comentários num diário antigo que eu tinha, onde eu declarava meu profundo amor ao David Bowie, após assistir ao filme "Labirinto". Ora, ele era mau, mas tinha um encantamento em sua voz, que me fez ficar apaixonada imediatamente.
Resumindo, temos nossas lembranças guardadas. Porém, nossa memória é extremamente falha. São meros pontos de vista. Um fato passado toma vários significados distintos ao longo do tempo, o que significa dizer que enxergamos de diversas formas o mesmo fato. Logo, o fato deixa de ser o mesmo também, passando a ser outro. Tudo porque nós também já não somos os mesmos. Uma coisa é certa: sempre retemos muito pouco. Mas o pouco que retemos é o que forma nossa essência.
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
Resumindo, temos nossas lembranças guardadas. Porém, nossa memória é extremamente falha. São meros pontos de vista. Um fato passado toma vários significados distintos ao longo do tempo, o que significa dizer que enxergamos de diversas formas o mesmo fato. Logo, o fato deixa de ser o mesmo também, passando a ser outro. Tudo porque nós também já não somos os mesmos. Uma coisa é certa: sempre retemos muito pouco. Mas o pouco que retemos é o que forma nossa essência.
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
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