terça-feira, 30 de novembro de 2010




Canção marinheira

* Por Talis Andrade

Do insondável mar o convite
Que se dane a advertência
de tapar os ouvidos
a prudência de permitir
que amarrem o meu corpo
ao mastro do navio
Quero ouvir o cantar das sereias
o amavio da voz de Lorelei
me chamando

Salto no escuro
Vejo os olhos da morte
Azuis azuis azuis
Salto no escuro
cantando a canção de Fausto
nas tempestades e assaltos
A canção quem me ensinou
foi Evandro San Martim

Salto no escuro
entre os dentes trago a faca
e nos meus olhos coloridos
- juro –
ó Ana, vem ver
ó Ana, vem ver
o fogo no mar
os peixes a arder


(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 6 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Romance do Emparedado” (Editora Livro Rápido) e outros cinco à espera de edição.

Um comentário:

  1. Seria um desperdício fechar
    os olhos e perder esse
    encantamento.
    Linda poesia Talis.
    Abraços

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