domingo, 14 de novembro de 2010


A cura

* Por Karina Monteiro

Procurei em diversas leituras o meu conhecimento interior e a minha verdadeira paz. Porém, por ironia do destino, quando reencontrei a escrita, eu achei tudo isso. Escrever me devolve o rumo, me alivia a alma, me dá prazer.

Gostaria de experimentar doses de inspirações diárias, em forma de pílulas poéticas, gotas de reflexões, injeções de conteúdos literários ou doses de conversas inspiradoras. Creio que assim, teria saúde mental, espiritual e poética para escrever dias, noites, madrugadas ... sem ver passar o tempo, sem escutar o barulho da rua, sem ter medo de nada, sem me preocupar com o amanhã.

Apenas escreveria e deixaria que a vida me levasse em direção de cada rima, cada letra, cada inspiração. Quero viver das letras, quero compartilhar minhas emoções com elas. Não me tirem a inspiração de escrever. Estava morrendo aos poucos sem perceber, eram elas ... as letras que faltavam em minha vida. Estou medicada pois suas doses diárias voltaram. Pretendo me viciar cada vez mais pelas letras, afinal a paixão por escrever é uma doença boa.

Todo vício tem sua dor e sua delícia. A dor: ficar muito tempo sem escrever e perceber um grande vazio interior. A delícia: viver minha vida para deleitar-me disso. Quero adocicar a vida a partir das minhas doces letras. A vida amarga foi embora. Minhas letras estão aqui e mudarão tudo isso.

O remédio que me cura, o mel que me adoça. A escrita significa tudo isso pra mim. Agora estou mais viva, mais completa. Esse prazer me fez renascer e agora não quero parar mais de desfrutar esses momentos. Quero que as letras sintam-se em casa novamente, dominem meus pensamentos, inspirem meus versos, conduzam minhas mãos no papel. Enfim, que elas fiquem comigo pra sempre!

• Jornalista

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