Nós somos os outros
* Por Adelcir Oliveira
* Por Adelcir Oliveira
“A vida é um fardo”. “Temos que aceitar a dor". "A obrigação de cada um é ser feliz". “As pessoas estão cansadas do que está aí". São frases ditas por diferentes pessoas. Há desigualdades intelectuais entre elas, como também não deixa de existir um abismo no que tange à inteligência emocional. Para mais, para menos, todos cumprem o papel permitido por suas mentes.
O fato é que as três filosofias trouxeram-me a tão necessária dúvida. Uma frase que seja minha, no debate em questão, não a tenho. O que trago comigo é inexistência de certeza. O que é bom, pois quem a tem vive cego e, como disse o intelectual, idiota. De qualquer forma, parece pertinente o que diz um dos três filósofos em questão, ao mencionar que não aceitamos as dores da alma.
E aí indago: por que o medo da tristeza? Parece-me que há a obrigação de sempre estar bem. Vai ver que é por isso que o outro não admite mau-humor ou destempero alheio. Podemos fechar o livro de cobranças e considerar que naquela hora, o nosso interlocutor não estava bem. Vai se saber o que se passa pela pessoa. E também, será possível entender por que aquela pessoa sempre finge semblante sorridente, quando na verdade por dentro é cinza, e só cinza?
Evidentemente que para compreender o outro, você terá que se machucar um pouco. E isto significará o reconhecimento de suas imperfeições, que, perdoe-me, são muitas. A partir disto, ao igual será possível dar uma chance que, de certo, você já desejou para si.
Com tudo dito, fica a certeza de que nem sempre as coisas se dão de forma tão simples. Desavenças, você as terá vez ou outra. Mas será possível que as caras duras e amarradas de hoje, num amanhã que não se sabe quando, sorriam-lhe de modo sincero, e já sem tantas amarras de antes, mas claro, com algum resquício, não queiramos tanto. Lembrando que nós também somos os outros.
• Cinegrafista e jornalista
O fato é que as três filosofias trouxeram-me a tão necessária dúvida. Uma frase que seja minha, no debate em questão, não a tenho. O que trago comigo é inexistência de certeza. O que é bom, pois quem a tem vive cego e, como disse o intelectual, idiota. De qualquer forma, parece pertinente o que diz um dos três filósofos em questão, ao mencionar que não aceitamos as dores da alma.
E aí indago: por que o medo da tristeza? Parece-me que há a obrigação de sempre estar bem. Vai ver que é por isso que o outro não admite mau-humor ou destempero alheio. Podemos fechar o livro de cobranças e considerar que naquela hora, o nosso interlocutor não estava bem. Vai se saber o que se passa pela pessoa. E também, será possível entender por que aquela pessoa sempre finge semblante sorridente, quando na verdade por dentro é cinza, e só cinza?
Evidentemente que para compreender o outro, você terá que se machucar um pouco. E isto significará o reconhecimento de suas imperfeições, que, perdoe-me, são muitas. A partir disto, ao igual será possível dar uma chance que, de certo, você já desejou para si.
Com tudo dito, fica a certeza de que nem sempre as coisas se dão de forma tão simples. Desavenças, você as terá vez ou outra. Mas será possível que as caras duras e amarradas de hoje, num amanhã que não se sabe quando, sorriam-lhe de modo sincero, e já sem tantas amarras de antes, mas claro, com algum resquício, não queiramos tanto. Lembrando que nós também somos os outros.
• Cinegrafista e jornalista
E seguimos nessa mutação constante
ResponderExcluirem eterna descoberta...
Abraços