segunda-feira, 29 de novembro de 2010




Mulheres

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

Todas as sextas-feiras as mulheres se reuniam em frente ao bar do Mauricinho, inclusive a mulher dele, a mais discreta na gargalhada. Por mais que tentássemos disfarçar o assunto, a Déia nos delatava com sua risada, não tinha jeito.

Era engraçado perceber a curiosidade deles que para não darem o braço a torcer mantinham a distância. Numa dessas madrugadas da vida, ao retornarmos de uma apresentação de forró ou sei lá o quê (ainda não defini o estilo do cantor),, paramos em frente ao bar para tomarmos a saideira.

Um rapaz que saía ao portão ficou intrigadíssimo, pois no grupo não havia homens e divertindo-se com a nossa rebeldia, tão natural e espontânea, nos chamou de transgressoras.

Nos definir hoje, apenas, com o que estabelece o dicionário, é mera redundância. Somos muito mais do que isso, complexas, eu diria. Mas vale a pena... não vale?


* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

6 comentários:

  1. sempre vale a pena,existem mulheres e mulheres,mas todas com sensibilidade apurada,um charme irresistível e um jeito que parece notas musicais e isso só as mulheres tem

    sou teu fã não tem jeito,fã de uma grande mulher,um grande ser humano.

    beijos,até

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  2. Somos uma mistureba de sentimentos, uma verdadeira colcha de retalhos repleta de emoções! beijos para ti!

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  3. Sem homens por perto as mulheres são mais espontâneas. Quando o gênero masculino chega, pode surgir, e geralmente surje, a falsidade. Boa abordagem do tema: mulheres se divertindo sozinhas. Uma agradável possibilidade!

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  4. Que lindo comentário Edu.
    Obrigado amigo.
    Beijos



    Sayonara
    Somos uma eterna caixa de surpresas.
    Beijos querida.



    Mara, se eles não nos dão brechas
    a gente cava trincheiras.
    Beijos e obrigado.

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  5. Não há conversas mais ricas do que a nossa quando nos reunimos com amigas, quando o espaço é apenas feminino, e podemos nos expor à vontde.
    A presença de um homem quase sempre nos leva a autocensura.Beijos pela bela abordagem.

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