segunda-feira, 10 de agosto de 2009




Tempestade

* Por Aliene Coutinho

Em dia de chuva,
através da janela
vê-se na rua,
nada.
Desenha-se em pingos
que descem pelo vidro
figuras inanimadas.
Busca-se no frio
o aconchego de braços
distantes.
Sente-se vencido pelo
som dos trovões
e adormece
cansado
pelo tempo


* Jornalista e professora de Telejornalismo

3 comentários:

  1. Adoro chuvas e tempestades....
    Adorei seu poema.

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  2. " Aconchego de braços distantes" é uma busca perene, seja pelo físico, seja pela mente. Enfrentar essa distância funciona como encarar tempestades. O pior é o frio, seja ele atmosférico ou de afeto. Quando estamos ruins, tudo nos leva a ficarmos ainda piores. O comprimento do seu poema engana. Há uma grande extensão nele, Aliene.

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  3. Como vivesse numa casa em permanentes goteiras....

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