terça-feira, 4 de julho de 2017

Rumo às estrelas


* Por Eduardo Oliveira Freire


O pai vivia na biblioteca, diziam para não o atrapalhar. Ouvia a mãe comentar que ele era um acadêmico brilhante.  A menina foi crescendo sem se importar com a ausência paterna. Tinha coisas interessantes para fazer, como brincar no jardim e desenhar imagens que brotavam da sua imaginação. 

Em uma noite, ela ouviu algo bater na janela do quarto e encontrou um unicórnio. Interagiram através do olhar; a garota subiu no dorso nu do animal e voaram rumo às estrelas. 

A partir desse momento, encontraram-se todas as noites até o dia em que o pai faleceu. 

Mesmo que a menina deixasse a janela aberta, a criatura nunca mais voltou.       


* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/


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