quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Paraíso



* Por Marilena Eckelberg


Estive no paraíso, num lugar encantado por um dia.

Nesse Lugar, passei a virada de 2016 para 2017, acompanhada de duas amigas especiais, e esse despertar de um novo ano ficará marcado em meu coração pelos momentos fantásticos que compartilhamos, antes e depois da passagem.

Nesse paraíso, que está localizado o novo lar, da lutadora, sublime e ímpar Urda Alice Klueger, e com Evanilda Kreuch, pessoa firme, bondosa, respeitosa e com princípios incomuns nos dias de hoje, ganhei experiência de vida, conhecimento, paz, fraternidade e muita energia.

No local, vi o campo (agricultor) se encontrando com o mar (pescador).

Onde existe, o vizinho agricultor que dá, ou vende a custo irrisório, os alimentos que planta em seu quintal e o outro que é pescador ou amigo que dá o peixe que recém saiu do mar.

O povo nativo é simples e sem pressa.

As pessoas que vêm de fora, em quase sua totalidade, respeitam a comunidade, e trazem sua família para um dia de paz e alegria junto ao mar sereno e sem ondas.

Soube que o homem com poder e dinheiro já foi, em algumas ocasiões, impedido de construir seus impérios imobiliários, com um embargo de sua grande obra de hospedagem e um prédio condominial obrigado a desconstruir sua carcaça.

Pode modernizar sem descaracterizar a cultura local.

Onde fui?

O lugar encantado?

O Paraíso?

Enseada de Brito!

Li várias coisas, ao voltar para casa, com uma necessidade de conhecer mais sobre onde estive.

Fiquei encantada com as palavras proferidas, em uma reportagem com um morador local.

Copio duas passagens como demonstração:

“...pescador e maricultor...” ele resumia com um sorriso encantador; “A Enseada é o melhor lugar para viver”.

“...observado pelas gatas Galega, Amorzinho e Menina e pela cadela Pretinha, Peninha escolhe um livro e senta-se ao lado dos pescadores, à sombra da amendoeira. “Isso é o verdadeiro luxo”, sorri. A cerca de 40 quilômetros da Capital e a 20 minutos do Centro de Palhoça, Enseada do Brito não tem agência bancária, açougue ou farmácia e o posto policial pode ser fechado por falta de efetivo. “Mas, temos uma ótima padaria, um mercadinho bem sortido, uma igreja acolhedora e o povo bom demais”, emenda.

Ah!

Amigos, é muito bom voltar para casa depois de saber que ainda existem lugares assim!


* Escritora.

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