segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Valha-me, Poeta

* Por Edir Araujo


Um amor antigo ressurge de repente
A lembrança dos encontros íntimos
Amadurecemos mais um pouco, apesar de…
Mas o medo de errar de novo, ronda

Encontro-me sob o jugo dessa crueldade,
posto que o amor é um tirano dos corações.
Então eis o dilema: mergulhar de cabeça e,
reviver os ardores dessa paixão ou,
continuar vivendo amargurado?

Pessoa salienta que o poeta deve compor,
sobre um amor irreal, imaginário, porquanto,
se sobressai a verossimilhança,
onde haja mais razão e coerência.

Ó Poeta, de honor e lume!
Esse amor que na tua solidão jamais sentiste,
Sinto-o na alma e na carne.
Meu amor é real.

E o impulso de compor me tortura,
deliberadamente.
O mesmo ímpeto de outrora me devora,
delirantemente
Na ânsia de tê-la novamente em meus braços.




* Edir Araujo é poeta e escritor. Este poema é parte da coletânea Gritos e Gemidos, Pág. 56. Registro ISBN 978-85-913565-3-9. Composto em 21 de setembro de 2015.

2 comentários:

  1. Não me aflijo por saber que é ficção. Ninguém merece sofrer tanto, Edir. Pelo menos o poema expresso deu seu recado, para o nosso bem.

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