terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Operação Lava Jato


*Por José Calvino

Um avião caiu na quinta-feira (19/01/2017) no mar de Paraty, Rio de Janeiro-Brasil, morreu o juiz Teori Zavaski, que era considerado no Supremo Tribunal Federal (STF) uma figura importante nas investigações de corrupção da Lava Jato.

É o meu papel de escritor e de cronista social denunciar as injustiças sociais, ilações lógicas, et cétera, et cétera. Como, por exemplo, a Operação Turbulência, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2016, que resultou em prisões de pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais. Como o ex-governador Eduardo Campos, que já foi envolvido no Escândalo dos Precatórios, no governo Arraes de Alencar, e foi um curinga no jogo da sucessão presidencial de 2014. O governador de Pernambuco Paulo Câmara, cinicamente defendeu em entrevista à Rádio Jornal do Commercio que ingressou na política pelas mãos de Eduardo, dizendo:

“Vamos querer que isso seja devidamente resolvido. Tive o privilégio de conviver com Eduardo Campos e sei da sua conduta e cuidado com a utilização dos recursos públicos. Sei da forma como tratava as campanhas políticas que participava, então tenho certeza, e o meu partido também, que ao longo das investigações vai tudo ser devidamente esclarecido”.

(sic) A polícia Federal descobre esquema de lavagem de dinheiro a partir de avião que transportava o ex-governador que morreu após acidente de avião em Santos?...  Cujo esquema foi feito por empresas fantasmas. O esquema de corrupção e lavagem de dinheiro é antigo. No desvio do dinheiro do PAC, por exemplo, que denunciei em dezembro de 2013, cadê o Supremo Tribunal Federal?
     
A então presidenta Dilma Rouseff, ao lado do seu futuro adversário rumo ao Planalto, participou em Suape da entrega da plataforma P-62 à Petrobras, vestindo blusões laranja da Petrobras, esbanjando popularidade. Agradeceu o empenho dos trabalhadores e afirmou que “o Brasil irá cumprir o seu potencial”. Alem disso, fez questão de anunciar os recursos federais para obras no Estado. O Recife receberá R$ 1,9 bilhão em investimento para obras de mobilidade urbana, com verbas provenientes do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da Mobilidade. Os projetos incluem obras como a instalação de um corredor de Veículo Leve sob Trilhos, na Avenida Norte (hoje Av. Norte, Miguel Arraes de Alencar), principal via de ligação entre Brum e a Zona Norte do Recife. Além disso, a Prefeitura Cidade do Recife (PCR) receberá verbas do Orçamento Geral da União (OGU) para a elaboração de Estudos Técnicos e Viabilidade Econômica para a integração do Centro do Recife ao Terminal do SEI-Macaxeira e bairros como Aflitos, Casa Amarela, entre muitos outros.

A minha amiga Dilma Carrasqueira, que vem acompanhando as minhas denúncias através da imprensa, sobretudo pelos jornais referentes à paralisação das obras do PAC, me disse que em 2011 a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) deixou de realizar algumas obras do bairro de Campo Grande-Recife e que as mesmas não foram concluídas porque o projeto foi readequado estando em análise na Caixa. Cadê os milhões de reais, isto é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos federal, estadual e municipal gastaram? Ora, isto tudo dá a entender, o que?
  

*Formado em Comunicações Internacionais, escritor, poeta, teólogo e teatrólogo. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco e em vários sites... Tem 13 títulos publicados, todos edições esgotadas

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