segunda-feira, 4 de julho de 2016

Presença de Cazuza

* Por Talis Andrade
.

Órfãos das fantasias dos pais
que viveram a angústia beat
vaguearam a loucura hippie
tentaram as utopias consumidas
nas fogueiras das guerrilhas
sofreram a tortura
na escuridão de março
Órfãos da rotatividade dos pais
em um bar do Baixo Leblon
belos infantes
lindas ninfetas
esperam a poesia
vença a morte
Encarnado descarnado
Cazuza ressurja
das sombras
Triunfante
radiante
Cazuza ressurja
para uma madrugada
de chope

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).


Um comentário:

  1. Ondas bem distintas e fixadas na história. Será que aconteceram mais recentemente tendências tão intensas quanto as daqueles jovens?

    ResponderExcluir