Sons do Recife de antigamente
* Por José Calvino de Andrade Lima
Antigamente, se conseguia identificar os vendedores ambulantes pelos seus sons.
O verdureiro carregando os balaios: "verdureiro oi eu eiro, eiro-eiro...". O gazeteiro:
"Olha a Folha do Povo, olha o Coméucio, olha a Noite, Noi... vai querer? Noite...
No-oi-oite...?". O vendedor de cuscuz com seu apito saudoso. Uma corneta anunciava
que o picolé estava passando. O barulho de caçarolas batendo indicava que o consertador de panelas estava ali. O tocador de realejo trazia doces conhecidos como o japonês.
Estes e outros sons, tão característicos de uma época, me fizeram gravar um CD que traz coisas do Recife bom... de antigamente.
* Escritor, poeta e teatrólogo
* Por José Calvino de Andrade Lima
Antigamente, se conseguia identificar os vendedores ambulantes pelos seus sons.
O verdureiro carregando os balaios: "verdureiro oi eu eiro, eiro-eiro...". O gazeteiro:
"Olha a Folha do Povo, olha o Coméucio, olha a Noite, Noi... vai querer? Noite...
No-oi-oite...?". O vendedor de cuscuz com seu apito saudoso. Uma corneta anunciava
que o picolé estava passando. O barulho de caçarolas batendo indicava que o consertador de panelas estava ali. O tocador de realejo trazia doces conhecidos como o japonês.
Estes e outros sons, tão característicos de uma época, me fizeram gravar um CD que traz coisas do Recife bom... de antigamente.
* Escritor, poeta e teatrólogo
Acabou de repente, Calvino. Queria saber um pouco mais. Saudade dos sons, dos cheiros e das coisas de antigamente. Foram bons, não retornarão, então vamos aproveitar as coisas novas, mesmo que não gostemos tanto delas quanto as daquele tempo.Imortalizá-las em CD é uma boa ideia.
ResponderExcluirSabe do me fez lembrar? Do som do amolador de facas, minha mãe dizia que ele trazia maus presságios. Não comprovo, mas que o barulhinho era enjoado...isso era.
ResponderExcluirBeijos
Obrigado, gente!
ResponderExcluirComprometo escrever para o Literário (Alô, Pedro) algumas lembranças de minha juventude. Essas foram sons de minha infância. Faltou O vendedor de picolé, ao longe escutávamos o som de sua corneta com uma pesada caixa de metal-com gelo e sal (não existia isopor). O homem do miúdo ia a frente gritando "Olha o miúdo" e atrás ia o seu auxiliar segurando o balaio e a balança de dedo (nada confiável). O amolador de facas, alicates e tesouras com seu esmeril de pedal (que barulhinho, hem?),rs . O tempo passa, deixando reminiscências...
Abrs
Calvino, e sem contar que quando o produto alimentício vendido se acabava, não era raro jogar o chinelo ou sapato dentro do vasilhame/cesto.
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