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Pai, peraí, alguém ta mentindo pra mim
* Por Renato Manjaterra
Olha essa do Zé Leandro, meu pontepretaninho que está pra fazer cinco anos. No ano passado, fomos ver Flamengo e Corinthians, pra ver o campeão, pra ver um jogo de futebol pra variar um pouco e para ver o Corinthians se estrepar, nada melhor. Além do quê, a cabeceira do galinheiro (o campo do Guarani, onde foi disputada essa partida) é um dos lugares em que sou mais feliz.
Lá pelas tantas, já na liderança do Brasileirão, a torcida do Flamengo começou com o clássico "Puta que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil: BRUNO!!!" O Zé só registrou.
Dias depois, a gente estava andando de skate na pracinha, aqui atrás de casa, e cruzamos com um casal do mais simpático. Uma senhora pequena e elegante e um senhor alto de semblante vencedor, sereno: Carlos Galo, o Ganso, o goleiro das seleções de 1977 (Ponte Preta) e Brasileira de 1982 e 1986.
Demos uma volta, eu vi de relance e achei que estava marcando. Ele mora ao que me consta em Vinhedo. Na segunda volta disse “olá” e ele deu um sorriso. Era ele mesmo.
Falei pro meu filho: “Tá vendo aquele cara, Zé? Aquele cara é o Carlos, o melhor goleiro do Brasil de todos os tempos”.
.
Sei que ele não entende "de todos os tempos". Talvez tenha ficado pensando se ele é mesmo melhor do que o Gilson (!!), mas mesmo assim, não consegui ficar sem me assustar com a memória, a agilidade e o repertório dele.
“Peraí, papai! Alguém está mentindo pra mim! Ontem (antes de hoje, para ele, é tudo ontem) as pessoas não gritaram Tananã (ele não fala nome feio fora do estádio), é o melhor goleiro do Brasil, Bruno'? Então, papai, quem é o melhor? O Bruno ou esse cara?”
Enquanto ria alto e pensava no que responder, o filme dos melhores momentos do Carlão passava na minha cabeça. Senti-me um santista cinqüentão...
Nota do Editor: Renato Manjaterra é a voz do torcedor interiorano no Literário.
* Jornalista e escritor, webdesigner, colunista esportivo, pontepretano de quatro costados, autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com
* Por Renato Manjaterra
Olha essa do Zé Leandro, meu pontepretaninho que está pra fazer cinco anos. No ano passado, fomos ver Flamengo e Corinthians, pra ver o campeão, pra ver um jogo de futebol pra variar um pouco e para ver o Corinthians se estrepar, nada melhor. Além do quê, a cabeceira do galinheiro (o campo do Guarani, onde foi disputada essa partida) é um dos lugares em que sou mais feliz.
Lá pelas tantas, já na liderança do Brasileirão, a torcida do Flamengo começou com o clássico "Puta que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil: BRUNO!!!" O Zé só registrou.
Dias depois, a gente estava andando de skate na pracinha, aqui atrás de casa, e cruzamos com um casal do mais simpático. Uma senhora pequena e elegante e um senhor alto de semblante vencedor, sereno: Carlos Galo, o Ganso, o goleiro das seleções de 1977 (Ponte Preta) e Brasileira de 1982 e 1986.
Demos uma volta, eu vi de relance e achei que estava marcando. Ele mora ao que me consta em Vinhedo. Na segunda volta disse “olá” e ele deu um sorriso. Era ele mesmo.
Falei pro meu filho: “Tá vendo aquele cara, Zé? Aquele cara é o Carlos, o melhor goleiro do Brasil de todos os tempos”.
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Sei que ele não entende "de todos os tempos". Talvez tenha ficado pensando se ele é mesmo melhor do que o Gilson (!!), mas mesmo assim, não consegui ficar sem me assustar com a memória, a agilidade e o repertório dele.
“Peraí, papai! Alguém está mentindo pra mim! Ontem (antes de hoje, para ele, é tudo ontem) as pessoas não gritaram Tananã (ele não fala nome feio fora do estádio), é o melhor goleiro do Brasil, Bruno'? Então, papai, quem é o melhor? O Bruno ou esse cara?”
Enquanto ria alto e pensava no que responder, o filme dos melhores momentos do Carlão passava na minha cabeça. Senti-me um santista cinqüentão...
Nota do Editor: Renato Manjaterra é a voz do torcedor interiorano no Literário.
* Jornalista e escritor, webdesigner, colunista esportivo, pontepretano de quatro costados, autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com
Teu filho é esperto mas como toda criança
ResponderExcluirgenerosa demais. O Bruno estava realmente em
uma de suas melhores fases...bons tempos.
Crianças saem com "máximas" que deixam a
gente de queixo caído.
Abraços Renato e um beijo no seu pontepretaninho.
Que lindo texto, Renato. Às vezes as crianças nos deixam sem saber o que dizer, não é?
ResponderExcluirAbraços
"às vezes" é que eu tenho respostas, isso sim.
ResponderExcluirE de lá para cá já houve outras, quase uma por dia. Vocês sabem do que eu estou falando, certamente.
E que foto o Pedro arrumou para esse texto...