sábado, 16 de outubro de 2010


Um rosto, o corpo

* Por Luiz Carlos Monteiro

Havia sim:
um rosto
aflorando
de um túnel
das trevas
do tempo
atrás da muralha
espremendo a vidraça;
nutrido de forças vorazes
rumores cálcios granitos
o corpo não o sabia
concha oculta de si.
Lá estava
o rosto
imutável do morto

* Poeta, crítico literário e ensaísta, blog www.omundocircundande.blogspot.com

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