Hora de ligar o moedor de carne...
* Por Fernando Yanmar Narciso
* Por Fernando Yanmar Narciso
Ah, a boa e velha Janete Clair… Suas preciosas lições sobre como escrever – ou não! – uma novela continuam valendo até hoje. Desde 1977, quando a aspirante a Agatha Christie tupiniquim segurou todo o país pelo pescoço para revelar no último capítulo de O Astro quem havia matado Salomão Ayala – inexplicavelmente com uma coronhada de revólver na nuca – quase toda novela das 9 precisa recorrer ao famoso “Quem matou protagonista tal?” para dar uma movimentada no marasmo das famosas “barrigas” de roteiro.
De lá até aqui, pouquíssima coisa mudou. Aqueles novelistinhas mais pretensiosos adoram recorrer a um assassinato estarrecedor (na mente deles) de algum protagonista na metade da trama para não ter de admitir que a criatividade foi pro espaço há muito tempo. Miremo-nos no atual exemplo de Silvio “tio da Bamerindus” de Abreu. Podem esperar, folks. Sempre que tem uma novela do serial killer da Globo no ar, vai acontecer alguma coisa no meio da trama que “absolutamente ninguém” esperava. Desde Torre de Babel Silvão nunca mais se atreveu a apertar o botão vermelho de seus neurônios. Toda trama sua desde então tem girado exclusivamente em torno do “Quem matou?”.
No atual folhetim das 9, não podia ser diferente. A morte do troglô Saulo nessa segunda-feira serviu apenas para acusar que Silvão já não quer saber de mais nada. Creio eu que o desenvolvimento do caráter do personagem é o ponto mais importante de ser um bom escritor. Lauro César Muniz sabe bem disso. Tanto que, em Roda de Fogo, de 1986, primeiro ele fez o país odiar o Renato Villar de Tarcísio Meira, mas conforme a trama avançava, a audiência passou a sentir compaixão por ele e parou de torcer por sua morte. É certo que ele morreu no último capítulo, mas de forma honrada.
Autores: Parem de puxar o gatilho!
De lá até aqui, pouquíssima coisa mudou. Aqueles novelistinhas mais pretensiosos adoram recorrer a um assassinato estarrecedor (na mente deles) de algum protagonista na metade da trama para não ter de admitir que a criatividade foi pro espaço há muito tempo. Miremo-nos no atual exemplo de Silvio “tio da Bamerindus” de Abreu. Podem esperar, folks. Sempre que tem uma novela do serial killer da Globo no ar, vai acontecer alguma coisa no meio da trama que “absolutamente ninguém” esperava. Desde Torre de Babel Silvão nunca mais se atreveu a apertar o botão vermelho de seus neurônios. Toda trama sua desde então tem girado exclusivamente em torno do “Quem matou?”.
No atual folhetim das 9, não podia ser diferente. A morte do troglô Saulo nessa segunda-feira serviu apenas para acusar que Silvão já não quer saber de mais nada. Creio eu que o desenvolvimento do caráter do personagem é o ponto mais importante de ser um bom escritor. Lauro César Muniz sabe bem disso. Tanto que, em Roda de Fogo, de 1986, primeiro ele fez o país odiar o Renato Villar de Tarcísio Meira, mas conforme a trama avançava, a audiência passou a sentir compaixão por ele e parou de torcer por sua morte. É certo que ele morreu no último capítulo, mas de forma honrada.
Autores: Parem de puxar o gatilho!
* Fernando Yanmar Narciso, 26 anos, formado em Design, filho de Mara Narciso, escritor do blog “O Blog do Yanmar”, http://fernandoyanmar.wordpress.com
Não há o que tirar e nem por na sua fala.
ResponderExcluirAlguns abusam das cenas sensuais ou da violência
pra prender o telespectador.
Se tornam tão óbvios que a ilusão se perde pelo
caminho.
Abração Fernando.
Que tema, que cena, que título! Não vi, mas foi como se tivesse visto, pois você trouxe a cena a beira do gramado. A diversão da maioria é um lixo.
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