O resgate*
** Por Rodrigo Ramazzini
No banheiro. Dois meninos estão olhando para dentro da privada, quando a porta é aberta repentinamente.
- O que vocês estão fazendo aí?
- Nada, mãe!
- Nada, tia!
A dupla vira-se e fica lado a lado, tapando a visão para a privada.
- Como nada?
- Assim... Nada, mãe!
- É, tia!
- O que vocês estão escondendo aí atrás?
- Nada!
- Nadinha, tia!
- Vocês acham que eu sou boba, é? Fora daí! Fora! Fora! Me deixem ver!
Os dois com expressões de réus confessos trocam olhares e apenas movem-se um passo para o lado, um para a esquerda e o outro para a direita, abrindo o caminho. Quando deixam a visão para a privada livre, ecoa o questionamento.
- Mas o que é isso? Meu Deus!
- Ué! Um gatinho, tia!
- Isso eu sei, criatura! De onde vocês tiraram esse bicho?
- Da rua, mãe...
- Mas por que vocês fizeram isso com o bichinho?
- É que a gente estava... estava... estava dando banho nele, mãe!
- Meu! Acho melhor contar a verdade...
- Podem tirar ele daí, agora! Onde já se viu dar banho em gato com a água da privada!
- Meu! Conta a verdade...
- Tá bem! Na verdade mãe a gente não estava dando banho no gato... a gente estava esperando ele fazer o número dois...
- Ah, meu filho! Mas não é assim que se ensina gato a fazer o número dois. Tem que fazer um local apropriado, colocando areia, essas coisas. Não na privada, meu filho!
Então, confessando a verdadeira intenção da operação armada, revela.
- Isso eu sei, mãe! Mas é que a gente não achou um jeito melhor de resgatar a nossa bolinha de gude que o gato comeu junto com um pão!
* Uma homenagem atrasada pela passagem do Dia das Crianças.
** Jornalista
** Por Rodrigo Ramazzini
No banheiro. Dois meninos estão olhando para dentro da privada, quando a porta é aberta repentinamente.
- O que vocês estão fazendo aí?
- Nada, mãe!
- Nada, tia!
A dupla vira-se e fica lado a lado, tapando a visão para a privada.
- Como nada?
- Assim... Nada, mãe!
- É, tia!
- O que vocês estão escondendo aí atrás?
- Nada!
- Nadinha, tia!
- Vocês acham que eu sou boba, é? Fora daí! Fora! Fora! Me deixem ver!
Os dois com expressões de réus confessos trocam olhares e apenas movem-se um passo para o lado, um para a esquerda e o outro para a direita, abrindo o caminho. Quando deixam a visão para a privada livre, ecoa o questionamento.
- Mas o que é isso? Meu Deus!
- Ué! Um gatinho, tia!
- Isso eu sei, criatura! De onde vocês tiraram esse bicho?
- Da rua, mãe...
- Mas por que vocês fizeram isso com o bichinho?
- É que a gente estava... estava... estava dando banho nele, mãe!
- Meu! Acho melhor contar a verdade...
- Podem tirar ele daí, agora! Onde já se viu dar banho em gato com a água da privada!
- Meu! Conta a verdade...
- Tá bem! Na verdade mãe a gente não estava dando banho no gato... a gente estava esperando ele fazer o número dois...
- Ah, meu filho! Mas não é assim que se ensina gato a fazer o número dois. Tem que fazer um local apropriado, colocando areia, essas coisas. Não na privada, meu filho!
Então, confessando a verdadeira intenção da operação armada, revela.
- Isso eu sei, mãe! Mas é que a gente não achou um jeito melhor de resgatar a nossa bolinha de gude que o gato comeu junto com um pão!
* Uma homenagem atrasada pela passagem do Dia das Crianças.
** Jornalista
Bichinho danado pra fazer m é criança...
ResponderExcluirSe fosse enumerar as que fiz...
Texto doce, delicado e cheio de traquinagens.
Adorei Ramazzini!
Abração e bom fim de semana.
Crianças! Crianças! Crianças!
ResponderExcluirMuito obrigado, Núbia!
Aquele abraço!
Fui uma menina muito danada. Seria capaz de coisa semelhante, mas sem tortutar o bichinho.
ResponderExcluirMara,
ResponderExcluirAsseguro que não foi experiência própria!
Há! Há! Há!
Muito obrigado pelo comentário!
Aquele abraço!