Nada
é exatamente o que parece
*
Por Guilhermina Coimbra
A
população é tão perceptiva que – até os mais humildes –
mudam o canal da TV, quando percebem que se os demais canais não
enfatizam – a ênfase é porque negócios privados, unicamente de
interesses do referido canal, foram muito contrariados.
Por
mais que façam estardalhaços midiáticos na tentativa de distraírem
a atenção pública, desinformando-a, a população brasileira é
perceptiva. Quando o negócio público deixa de ser publicamente
divulgado – tornando-se sigiloso – a não divulgação é sempre
para não alertar os interessados em prejudicar – boicotando –
negócios públicos de interesses dos residentes no Brasil.
Quando
isso ocorre, o raciocínio lógico e inteligente da população
brasileira é o de apoiar reconhecidamente todos os envolvidos no
sigilo.
O
que dizem ser pejorativamente “propina-de-obra-de-submarino” tem
sido esclarecidamente muito bem entendido – pela população
brasileira atenta e perspicaz – como contribuição secreta
nacionalista, em benefício do desenvolvimento do país onde residem.
Tinha que ser secreta porque os interessados em tornar o Brasil
cativo jamais admitiriam um Brasil armado. Na verdade, são meio que
cômicos: para perpetrarem as invasões costumeiras armam-se até os
dentes… contra os demais se desarmados.
A
população brasileira atenta e perspicaz entende perfeitamente que o
objetivo nacionalista da contribuição é que a obrigou a ser
secreta. Contribuições nacionalistas – aquelas efetuadas em
beneficio presente e futuro da população brasileira – desde
sempre desgostou muito os interessados em tornar o Brasil cada vez
mais dependente dos de fora do Brasil.
A
população brasileira está acostumada desde os tempos do Governo de
Getúlio Vargas, a conviver com as pressões impostas por interesses
alheios aos do Brasil, objetivando estancar o desenvolvimento do
país. São anos de resistência brasileira contra interessados pouco
inteligentes em não perceberem que esta é uma luta inglória.
A
percepção da população brasileira é no sentido de que todas as
contribuições realizadas em benefício dos residentes no Brasil
devem e têm que ser louvadas e estimuladas quer sejam secretas ou
publicadas.
É
de interesse dos contribuintes de fato e de direito do Brasil a
construção do submarino nuclear para a defesa da população e do
desenvolvimento do Brasil: não se recomenda pensar de forma
diferente.
Impressionante
essa ausência de capacidade de entendimento que até os dias atuais
não conseguiu entender e respeitar o desejo de autonomia e
desenvolvimento do Brasil – assegurado pelas Cartas da ONU e da
OEA.
Se
a ordem dos representantes dos Sirs no Brasil é a de
internacionalizar os bens públicos do Brasil – podem desistir. A
população brasileira entende perspicaz e corretamente:
internacionalizar os bens públicos do Brasil significa encaminhar
para as caixas dos tesouros fora do Brasil os lucros obtidos dos bens
públicos brasileiros.
Internacionalizar
os bens públicos do Brasil significa concordar em esvaziar a Caixa
do Tesouro Nacional brasileiro – a que faz a distribuição de
rendas entre os setores carentes no Brasil: saúde, educação, infra
estrutura e outros – capitalizando, ainda mais, as caixas de
tesouros nacionais estrangeiros.
A
população brasileira inteligentemente acompanha atenta e pari passu
os perrengues sobre todas as iniciativas objetivando impedir o
desenvolvimento do Brasil, a curto, médio e longo prazo.
Com
a mesma atenção, a população brasileira vem acompanhando, o
querer e a perseverança dos senhores no Brasil, nas tentativas de
impedir o desenvolvimento do país.
A
população brasileira percebe os hábitos e os costumes de
disfarçar, trocar de representantes e de intermediários, sempre com
o mesmo objetivo. Tais hábitos e maus costumes são sutis, mas
facilmente identificáveis.
A
população brasileira é amiga. Com muito bom humor assiste as
táticas e estratégias dos amiguinhos dos Sirs no Brasil, tentando
colocá-la contra seus próprios interesses.
Envergonhem-se
senhores, em tentar transformar mais de duzentos milhões de seres
humanos – a população brasileira amiga, hospitaleira e bem
humorada – em quaisquer das populações sofridas do Oriente Médio:
a elas todo o respeito que essas populações merecem.
Pode
não, senhores. Pode não, esforçados amiguinhos dos senhores no
Brasil.
O
Brasil merece respeito.
*
Professora, Pesquisadora, CNPq/CAPES, FGV-RJ.
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