Ama
de leite
*
Por Eliane Triska
Tu
noite que me negas as ternuras
por
qualquer sonho a se dizer feliz.
Dá-me
um sol a brilhar mesmo às escuras,
e
protege a dolorida cicatriz.
Neste
cenário estéril sempre em curto
vagueia
a louca infante, pré-senil,
a
quebrar luas em perpétuo surto,
amotinada
às lágrimas febris.
Queria
um dia fosse só para mim.
Um
sol fresco a escorrer… Puro deleite!
Das
seivas mais profundas de um jasmim.
Ah,
noite, quanta espera… Foi assim:
Te
prometeste como ama de leite.
Teu
peito é seco! Ó miserável fim!
-
Poetisa gaúcha residente em Canoas/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário