Rumo
às estrelas
*
Por Eduardo Oliveira Freire
O
pai vivia na biblioteca, diziam para não o atrapalhar. Ouvia a mãe
comentar que ele era um acadêmico brilhante. A menina foi
crescendo sem se importar com a ausência paterna. Tinha
coisas interessantes para fazer, como brincar no jardim e
desenhar imagens que brotavam da sua imaginação.
Em
uma noite, ela ouviu algo bater na janela do quarto e encontrou um
unicórnio. Interagiram através do olhar; a garota subiu
no dorso nu do animal e voaram rumo às estrelas.
A
partir desse momento, encontraram-se todas as noites até o
dia em que o pai faleceu.
Mesmo
que a menina deixasse a janela aberta, a criatura nunca mais voltou.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo
cultural
e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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