Entranhados
na carne
*
Por Rosane Carneiro
Entranhados
na carne da
aurora
dialogam pássaros
entre vísceras de árvores
a argumentar aos músculos do vento
o encadeamento do tempo
articulações da existência
dialogam pássaros
entre vísceras de árvores
a argumentar aos músculos do vento
o encadeamento do tempo
articulações da existência
Bege,
sanguínea e suspensa
a criatura da manhã
nutre a teia daqueles galos
e gera do púlpito de batimentos
reflexões nos homens,
insones rebentos
a criatura da manhã
nutre a teia daqueles galos
e gera do púlpito de batimentos
reflexões nos homens,
insones rebentos
*
Poetisa e mestra de Literatura Brasileira na Universidade Federal do
Rio de Janeiro.
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