Machão
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Por Eduardo Oliveira Freire
“Machão
não come mel, come abelha” (Millôr Fernandes)
Antes de qualquer coisa, não desejo diminuir o sofrimento alheio. Pretendo argumentar de como os homens lidam com o machismo e como este lhes torna um fardo.
O homem tem vergonha de se revelar, porque foi educado desde os primórdios a ser destemido e uma fortaleza. Toda sua atitude é calcada em relação aos outros, não voltado para si. Necessita mostrar que é o “foda” e o “garanhão” o tempo todo. Mesmo que não esteja a fim de transar com uma mulher, precisa dormir com ela, caso contrário, será sacaneado pelo seu grupo social. Vários homens sofrem com relacionamentos abusivos (de familiares, amigos e cônjuges), inclusive, e ficam calados para não serem chamados de otários ou mariquinhas.
Vale lembrar que muitos, por orgulho e preconceito, não procuram médicos, principalmente, o proctologista, com medo da famigerada “dedada”, que é um exame eficaz para se precaver do câncer de próstata. Diferente das mulheres que, na maioria das vezes, se previnem mais e buscam ajuda.
Deste modo, é muito ruim para o ser humano, só interpretar um papel. Ficar preso numa persona e jamais se permitir a desenvolver sua individualidade. A verdadeira força está em lidar com a própria fraqueza. Chorar sem se preocupar com o que os outros dirão e pedir ajuda no momento em que está precisando.
O homem é vítima do machismo, também. Não só as mulheres e outros grupos ditos “minorias”.
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Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo
cultural
e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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