Hora
rubra
*
Por Bartira Soares
Pelas
copas das árvores o sol
arrasta-se
minguante para os caminhos
do
oeste. Súbito um pássaro de asas
atrevidas
fende o fio do tempo
e
cai vertiginoso no íntimo da tarde .
Recolho
em mim os escombros
dessa
hora rubra e deixo que a agonia
dessa
paisagem talhe em minha face
um
rio e um ricto de sinuosas revelações.
*
Poetisa
Nenhum comentário:
Postar um comentário