sábado, 29 de abril de 2017

A prosperidade dos ímpios


* Por Clóvis Campêlo


Meus pés quase resvalaram
ao invejar arrogantes,
que acumulam riquezas
e ocupam-se com malícias.

Têm os corpos bem nutridos
e semeiam a violência;
sua língua varre a terra,
zombam, oprimem e matam.

No entanto, estão em terreno
escorregadio e bruto,
precipitam-se em ruínas
por eles mesmos criadas;

são carne sem coração,
zumbis que andam sem alma,
desvairadas criaturas
negando a essência da vida.

Recife, 2008



* Poeta, jornalista e radialista.

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