sexta-feira, 21 de abril de 2017

Eu vejo estrelas no chão



* Por Samuel C. Da Costa


Um brilho raro
Efêmero
Sintético
Abstrato
Em meio à escuridão
Da luz do dia
E mais nada
Para além disso

Eu vejo estrelas no chão
Cadentes
Decadentes
Em paraísos artificiais

Breves êxtase
E mais nada
Para além disso

Eu vejo estrelas no chão
Depois do brilho raro
Vem à depressão
Vem à dor
E o desespero
De estar vivo

Eu vejo estrelas no chão
São brilhos cósmicos
Em olhos injetados
Perdidos
Estáticos
Em paraísos artificiais

Eu vejo estrelas no chão
Mentes difusas
Atormentadas
Corpos celestes decadentes
Sem passado
E sem futuro



* Poeta de Itajaí/SC.

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