Equilíbrio
* Por
Pedro Du Bois
equilíbrio
restante: esqueço o verso
em confidência arco transverso
arremessa vidas ao insucesso
o rasgo dos planetas
na sucessão de atrações e repulsas
inversas na negação pregressa
do verbo a pronúncia
de folhas adjacentes
na penumbra: reconheço
o pêndulo: sei da janela fechada
no passo não atravessado
equilíbrio em lábios selados
de amores avessos aos contatos
nos olhos sedados em encantos
desencontro o espanto no ritmo
veloz dos altiplanos restantes
do equilíbrio: gesso endurecido
no molde da estátua afastada
em desastres causados
no estranhamento
*
Poeta, autor dos livros “Brevidades” e “Tânia”, lançados através do Projeto
Passo Fundo – blog HTTP://pedrodubois.blogspot.com.br
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