segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Soneto do inesperado

* Por Clóvis Campêlo

O inesperado acontece
esgarçando malha coesa,
mas a surpresa é quem tece
à chama do acaso acesa.
-
Faz-se o impossível possível,
caminha o equilíbrio a esmo,
fixa-se o novo impassível,
o prumo não é o mesmo.
-
Diante de tamanho espanto,
o espírito compulsivo
despoja-se do seu manto,
-
projeta-se e decisivo,
entoando o novo canto,
aceita-o em definitivo.

• Poeta, jornalista e radialista do Recife/PE.

Um comentário:

  1. Mais uma vez agradeço pela divulgação dos meus textos, Pedro. Grande abraço

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