Teus
olhos
*
Por Ana Suzuki
Somos
tão desiguais!
Como
o fogão e a geladeira,
a
porcelana e o ferro,
o
colibri e o macaco,
eu
vovó e você, minha netinha…
Entretanto,
esses teus olhos,
que
tanto pedem e tanto oferecem,
e
que às vezes nada dizem,
iluminam
o meu silêncio,
pondo
brilho de estrela nova
num
céu desconhecido,
onde
nada me dói.
E
diante deles me curvo agradecida,
por
me fazerem esquecer outros olhos,
que
tanto amei.
*
Poetisa,
membro da Academia Campinense de Letras.
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