segunda-feira, 27 de julho de 2015

Nem sempre

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

E já que a poesia nem sempre
agrada a gregos e troianos,
vou fazer que nem malandro
que, na ginga, vai se entortando.
Que no "qual é", saca qual é a
sua. Que na hora de pedir
a dose não faz medida,
quem sabe esbarra num perdulário.
Que tira som da caixinha
de fósforos e exercita o punho
no levantamento de copo.
Que olha a cabrocha
de rabo de olho,
doido para vê-la na horizontal.
Na boa, esse malandro
já saiu da linha,
esbarrou na poesia
no momento em que sonhou.
Tem jeito não,
fico com a poesia
e você que se entenda
com o "malandro".

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário: