domingo, 26 de julho de 2015

Inalcançável verdade


* Por Rodolpho Terra

 


Há tempos remotos o homem cultiva a privação da verdade por motivos até então razoáveis. Evitando a tristeza, agonia, revolta, e reações não desejadas por ele quem seja. Até quando pequeno, o homem é iludido com contos, lendas e histórias mágicas. Histórias até mescladas com a própria realidade com a finalidade de preservar a inocência de acordo com dada sociedade. Omitindo a verdade, senão mentindo para não apavorar e criar reações não-desejadas, não-padronizadas.

Em proporções maiores o homem omite e mente para a humanidade e população, preservando-a em decisões de grande importância. Priva a verdade ou mente reportando versões plausíveis para a suma compreensão. A sociedade se acostuma com o jogo de fatos e especulações. A mentira vira verdade por assim dizer e vice-versa. O homem é aconselhado por uns para nunca confiar em ninguém. Ele é um simples trabalhador na sociedade, não faz parte de nenhuma entidade nem órgão do governo. Não pode apurar, nem ter maior confiança à mensagem recebida, acreditando até na possibilidade de ignorância quanto a fatos e ações que pensa ser verídicos.

O homem cria contos, lendas e feitos semelhantes aos contos passados às crianças para acalmar populações, cria mentes fechadas quanto a novas possibilidades e perspectivas. São universos dentro da realidade até então desconhecidos para muitos que aceitaram facilmente ou simplesmente a força por questões de padrão e vida. Condenando assim indivíduos que se voltam contra certo tipo de regime por parte de uma entidade que cresce como se fosse governamental. Sem fins lucrativos. Apesar de ultrapassar muitas corporações comerciais.

Por fim, só se tem noção de uma total verdade quando se é elevado a cargos privilegiados e superiores de entidades governamentais ou não. Suas especulações e dizeres têm tal peso, um peso enorme. Inúmeros ouvidos que provocam guerras, mudanças, leis e tratados.

Todo mantém uma manutenção de acordo com o tempo redirecionando seus propósitos. Propósitos até benéficos, afinal novas gerações estão presentes. Novas gerações até mais razoáveis. Leis não pesam mais quanto a tempos passados. A sociedade se torna mais flexível quanto às ações de todos nós. Entidades, então, se renovam não quanto a certos padrões antigos, mas a atitudes vistas antes com repudio.

Hoje, a verdade ainda é obscura e abstrata, embora para muitos já não seja mais de considerável prestígio, quando passada ser como eu conversando com você. Enfim o que está longe e não influi a mim não merece mérito. Assume-se então quanto a esse assunto uma postura limítrofe e egoísta.



* Jornalista

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