Indignação
Respondo. No respeito alheio. Por mais subjetivo que seja o conceito que cada um tem de bom senso, penso que não importunar a vida alheia e nem entrar na esfera privada sem ser chamado são questões objetivas.
Não se trata apenas de ser educado. Significa também não ser inoportuno. Não invadir. Não ser um intruso dos assuntos que não lhe dizem respeito.
Já vi pessoas cultas, mas que não sabem se comportar na vida social. Já vi pessoas que se escondem por trás das telas de computador, porque não são capazes de ser realmente quem são. Apresentam-se conhecedoras da arte, são bem conceituadas, mas não sabem se comportar em relação ao seu próximo. Simplesmente, não sabem conquistar relações saudáveis.
Se eu estou tratando de um assunto pessoal? Não. Estou apenas mencionando que na vida a gente se depara com lobos em pele de cordeiros, e uma das coisas que mais me afronta é este tipo de comportamento. Aquela pessoa que se apresenta como moralista, aquela pessoa que se mostra discreta, mas que no momento mais inadequado mostra a sua face.
Já vi pessoas que nem mesmo reconhecem que erraram. Que são incapazes de pedir perdão por uma ofensa. Todos nós cometemos erros, mas precisamos reconhecê-los se formos pessoas de bom caráter.
Sou ríspida, sim, com alguns padrões de comportamento. E não porque me escondo atrás de rótulos, ou por ser falsa moralista. Sou uma pessoa liberal, com alguns aspectos conservadores, mas não sou depravada. Sou apenas uma pessoa normal que se manifesta de forma a não ferir. E se um dia eu o fizer, serei a primeira a dizer: "Desculpe se passei dos limites." Ainda que eu não compreenda.
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
* Por Fabiana Bórgia
Tenho um imenso desconforto quando me deparo com pessoas sem nenhum bom senso. Mas ter "bom senso" é algo subjetivo, não é mesmo? Onde está a medida de cada um?
Tenho um imenso desconforto quando me deparo com pessoas sem nenhum bom senso. Mas ter "bom senso" é algo subjetivo, não é mesmo? Onde está a medida de cada um?
Respondo. No respeito alheio. Por mais subjetivo que seja o conceito que cada um tem de bom senso, penso que não importunar a vida alheia e nem entrar na esfera privada sem ser chamado são questões objetivas.
Não se trata apenas de ser educado. Significa também não ser inoportuno. Não invadir. Não ser um intruso dos assuntos que não lhe dizem respeito.
Já vi pessoas cultas, mas que não sabem se comportar na vida social. Já vi pessoas que se escondem por trás das telas de computador, porque não são capazes de ser realmente quem são. Apresentam-se conhecedoras da arte, são bem conceituadas, mas não sabem se comportar em relação ao seu próximo. Simplesmente, não sabem conquistar relações saudáveis.
Se eu estou tratando de um assunto pessoal? Não. Estou apenas mencionando que na vida a gente se depara com lobos em pele de cordeiros, e uma das coisas que mais me afronta é este tipo de comportamento. Aquela pessoa que se apresenta como moralista, aquela pessoa que se mostra discreta, mas que no momento mais inadequado mostra a sua face.
Já vi pessoas que nem mesmo reconhecem que erraram. Que são incapazes de pedir perdão por uma ofensa. Todos nós cometemos erros, mas precisamos reconhecê-los se formos pessoas de bom caráter.
Sou ríspida, sim, com alguns padrões de comportamento. E não porque me escondo atrás de rótulos, ou por ser falsa moralista. Sou uma pessoa liberal, com alguns aspectos conservadores, mas não sou depravada. Sou apenas uma pessoa normal que se manifesta de forma a não ferir. E se um dia eu o fizer, serei a primeira a dizer: "Desculpe se passei dos limites." Ainda que eu não compreenda.
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
Alguns dizem que sou sensível e delicada
ResponderExcluirpor mais que eu tente enxergar isso...não vejo.
Talvez seja aos olhos deles...
Tenho praticado o exercício da tolerância quase
que diariamente, mas confesso que "escorrego" e muito.
Desculpas também fazem parte do cardápio...embora às vezes eu engasgue.
Abraços