No
fim do arco-íris
* Por
Alberto Cohen
Não
sei se teu destino era de nuvem,
que
tão rápido se forma e se transforma,
ou vento de deixar folhas caídas,
depois de espiralar para o horizonte.
Quem sabe, deverias ser estrela,
a última, a menor, a mais distante,
mas que ouvisse as cantigas dos cometas
sobre a paixão de fogo que os consome.
Talvez água de um rio que não tem tempo
de demarcar as margens como dono,
e segue, e volta sem reconhecê-las,
embora eternamente a percorrê-las.
Um grito que, contido na garganta,
libertasse vogais e consoantes,
apenas para vê-las se perderem
na confusão de espantos e de gritos.
Ou serias, passados teus encantos,
madona de uma igreja abandonada,
os pés descalços presos no granito,
a conversar com pássaros e santos?
ou vento de deixar folhas caídas,
depois de espiralar para o horizonte.
Quem sabe, deverias ser estrela,
a última, a menor, a mais distante,
mas que ouvisse as cantigas dos cometas
sobre a paixão de fogo que os consome.
Talvez água de um rio que não tem tempo
de demarcar as margens como dono,
e segue, e volta sem reconhecê-las,
embora eternamente a percorrê-las.
Um grito que, contido na garganta,
libertasse vogais e consoantes,
apenas para vê-las se perderem
na confusão de espantos e de gritos.
Ou serias, passados teus encantos,
madona de uma igreja abandonada,
os pés descalços presos no granito,
a conversar com pássaros e santos?
*
Poeta paraense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário