segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Traços


* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral


(Ao meu pai)


Te vi viço
encorpado
com cor.
Te vi bonito
estouvado,
sem bolor.
O tempo
ou a doença
cobrou sua
vil sentença.
Te transformou
num borrão,
uma cópia malfeita.
O amor redesenha
os traços e a gente
aprende a amar
nos trapos, a essência.


* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

Um comentário:

  1. A vida é bela, o ruim são as doenças. Vemos o forte ser fraco e dependente. Disso nós duas entendemos. Ficam as belas lembranças.

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