quinta-feira, 6 de abril de 2017

Lições no tempo

* Por Pedro J. Bondaczuk


A estrela azul dos meus sonhos
aos poucos se perde nas trevas
e o brilho fugaz de seus olhos
está sepulto no passado.

A garça que busca o seu ninho,
a rosa que perde seu viço,
e o sol, vagando distante,
são visões do nosso afeto...

O Tempo, ímpio tirano,
aniquila tudo o que fomos
e nos prende pela alma
com seus grilhões de saudade...

Se a doce lembrança de ontem
criar cristais em seus olhos
fazendo o orvalho brotar,
sorria pras estrelas distantes,
fabrique nova ilusão,
não se detenha no tempo
que a vida não pode parar...!

(Poema composto em Campinas, em 1 de março de 1967 e publicado na "Gazeta do Rio Pardo", em 28 de abril de 1968).

* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk


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