Inspiração
* Por
Pedro J. Bondaczuk
No ar, parado e quieto,
encontrei inspiração.
Ato espontâneo, concreto,
intensíssima emoção.
Sentimento indefinido,
quiçá mera compulsão,
embora não consentido,
conduzia minha mão,
que escrevia, febrilmente,
palavras sem compreensão,
de tudo quanto se sente
de impossível expressão.
Sobre um secreto amor,
saudades e solidão,
sobre a beleza da flor
e as aves de arribação.
Mas que intensa emoção!
Ato espontâneo, concreto.
Encontrei inspiração
no ar, parado e quieto...
(Poema composto em São
Caetano do Sul, em 16 de fevereiro de 1964).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas
(atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e
do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe,
ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma
nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991
a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição
comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O
Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
E você mesmo diz que a inspiração, praticamente não existe. Naquela época, 53 anos atrás, ela existia e fazia versos.
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