domingo, 2 de abril de 2017

Andanças pelas vias do tempo


* Por Pedro J. Bondaczuk


Caminhando pelas vias do tempo,
pelos caminhos abertos da vida,
semeando rastros e fatos
e sonhos, e frutos, e feitos.

Caminhando pelas vias do tempo,
com um brilho novo em cada olhar,
a cada passo colhendo outra esperança,
morrendo um pouco pra nos renovar.

Caminhando pelas vias do tempo,
de mãos dadas, em feliz andança,
pisando espinhos, que jamais nos ferem,
pulando valas e brejos movediços,
olhando fixos, fanáticos crentes,
o nosso objetivo, supremo ideal,
sem que soubéssemos, ou desconfiássemos,
deciframos a cruel Esfinge
e nos safamos do lôbrego labirinto.

Caminhando pelas vias do tempo,
semeando, colhendo e tornando a semear,
rastros de ternura, fases e fatos,
e sonhos, e frutos, e feitos,
descobrimos, num feliz acaso,
a fatal porta do Éden ideal...


(Poema composto em Campinas, em 18 de setembro de 1971, publicado no jornal "O Município", de São João da Boa Vista, em 23 de fevereiro de 1972 e no "Jornal de Paulínia”, em 26 de novembro de 1977).


* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk

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