Soneto à doce amada – XLI
* Por Pedro J. Bondaczuk
Não,
eu não temo mais o amanhã
envolto
na ignorância e mistério.
Não
temo o Tempo, carrancudo e sério,
mesmo
sabendo que a Vida é vã.
Não!
Não temo nada! Tristeza ou lida,
ou
acertos, ou mesmo erros crassos,
pois
quando caio, inteiro, em seus braços,
chego
a esquecer-me, até mesmo, da Vida.
Embora eu saiba da sinistra ronda
do
Tempo, que pressuroso se escoa,
e
embora intensamente me doa
lançar
questões, sem ter quem me responda,
ainda
que às vezes negue, ou esconda,
eu
só temo perder sua pessoa!!!
(Soneto composto em Campinas
em 11 de fevereiro de 1967 e publicado no jornal "O Município",
de São João da Boa Vista, em 28 de julho de 1971 e no "Jornal
de Paulínia", em 20 de agosto de 1977).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Um amor grande demais, e uma rima rara: doa com pessoa.
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