quarta-feira, 10 de junho de 2015

Viralatas de Córdoba

* Por Ademir Assunção


Eles saem solitários pelas ruas
trotando, farejando, observando

São os primeiros a perceber
que uma fina substância misteriosa

circula pelos becos, pelas vielas
pelas veias da cidade

Ninguém ainda sabe seu nome
mas alguns já sentiram

seu hálito quente por perto

Talvez seja melhor abrir as janelas
Talvez não haja mais tempo

* Poeta e jornalista


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