segunda-feira, 22 de junho de 2015

Na palma da minha mão

* Por Péricles Prade


Outro terremoto
com a língua sustento.
Incógnito,
ando com pernas de chacal
no esplendor das cavernas.
Ainda estão,
na cabeça emplumada,
as pedras da loucura
fabricada no pântano dos enigmas.
Obediente,
com vértebras a menos
coloco o dorso do animal franzino
na palma da minha mão.

* Poeta, contista e crítico de arte. Publicou os livros de poemas Nos limites do fogo (1976), Os faróis invisíveis (1980) e Sob a faca giratória (2010), entre outros. Os poemas aqui publicados pertencem ao livro inédito Casa de máscaras. Vive em Florianópolis (SC).  


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