domingo, 2 de outubro de 2011



Fragmento de uma poética

* Por Alberto da Cunha Melo

Não desejar este cristal
de geométrica beleza,
lágrima congelada, sol
viúva da sombra, esta acesa

volúpia de lavar o espaço
da lama viva dos teus passos;

não suplicar em tuas preces
pelos lírios de luz e vidro
que não cheiram nem apodrecem;

aquém e além é cedo ou tarde:
teu limite é tua verdade.

• Escritor, sociólogo e jornalista pernambucano, falecido em 13 de outubro de 2007

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