Em busca de mim
* Por Marleuza Machado
Tendo andado atenta me procuro no menor ato, nas menores atitudes... Não que esteja totalmente perdida, talvez ande em círculos, pois reconheço algumas pegadas. Em certas encruzilhadas tenho dúvidas e uso da razão para decidir o certo. "Mamãe mandou escolher..." soa infantilizado e mesmo a contragosto é necessário crescer.
Analiso itinerários. Não quero desencanto na chegada, no desfazer das bagagens... Aceito curtas temporadas, mas plenas em alegria e prazer. Se for uma cabana, que seja aconchegante, com cama limpinha e cheirosa, com sol radiante pela manhã e brisa serena no entardecer. "Chorar sobre o leite derramado" é ditado eliminado e mesmo errando é imprescindível sorrir.
Meus olhos estão em alerta. Ao menor movimento fotografo, examino, escolho, posto... Só coleciono imagens que acrescentem cores ao que já sou, que destaquem minha luz. Corto qualquer "bicão" que ouse invadir meu espaço, querendo roubar minha cena ou se passar por íntimo. "Antes mal acompanhado do que só" é uma inversão inaceitável e mesmo sozinha é mister sair bem na foto.
Minha alma anda inquieta. O novo acena como ameaça à quem se acostumou ao marasmo... É preciso me arriscar na colheita de um fruto doce, ainda que abelhas rondem. Vou em busca do maior, mais apetitoso, sem importar quantos galhos terei que escalar. "Eu quero, eu posso, eu sou" é frase gravada no subconsciente e mesmo que desconheça minha coragem é imperativo vencer o medo.
• Poetisa e jornalista
* Por Marleuza Machado
Tendo andado atenta me procuro no menor ato, nas menores atitudes... Não que esteja totalmente perdida, talvez ande em círculos, pois reconheço algumas pegadas. Em certas encruzilhadas tenho dúvidas e uso da razão para decidir o certo. "Mamãe mandou escolher..." soa infantilizado e mesmo a contragosto é necessário crescer.
Analiso itinerários. Não quero desencanto na chegada, no desfazer das bagagens... Aceito curtas temporadas, mas plenas em alegria e prazer. Se for uma cabana, que seja aconchegante, com cama limpinha e cheirosa, com sol radiante pela manhã e brisa serena no entardecer. "Chorar sobre o leite derramado" é ditado eliminado e mesmo errando é imprescindível sorrir.
Meus olhos estão em alerta. Ao menor movimento fotografo, examino, escolho, posto... Só coleciono imagens que acrescentem cores ao que já sou, que destaquem minha luz. Corto qualquer "bicão" que ouse invadir meu espaço, querendo roubar minha cena ou se passar por íntimo. "Antes mal acompanhado do que só" é uma inversão inaceitável e mesmo sozinha é mister sair bem na foto.
Minha alma anda inquieta. O novo acena como ameaça à quem se acostumou ao marasmo... É preciso me arriscar na colheita de um fruto doce, ainda que abelhas rondem. Vou em busca do maior, mais apetitoso, sem importar quantos galhos terei que escalar. "Eu quero, eu posso, eu sou" é frase gravada no subconsciente e mesmo que desconheça minha coragem é imperativo vencer o medo.
• Poetisa e jornalista
Um bom estímulo para começar. As ameaças são tantas e tão grandes, que, ao nos vermos de joelhos, é bom ler palavras de ordem como as suas, ou: levanta-te e anda! Já disse Cristo a um morto.Vou tentar.
ResponderExcluirArrisque-se mesmo que se debata.
ResponderExcluirO óbvio é pouco.
Tenho medo é de não viver.
Ótimo texto Marleuza.
Abração
Obrigada pelo carinho, meninas!
ResponderExcluirE tudo que escrevo é parte do trabalho de autoincentivo...
Bjos