Carta a um amor antigo
* Por Fernando Mariz Masagão
Quando acudi ao choro que me ofertastes na infância de minha maturidade
não sabia que regaria com tuas lágrimas a flor que murchava em mim.
Quando pensei desprezar toda a sorte de sortilégios que a fé inocula
teu hálito movia minhas montanhas.
Quando quis rir, só pude chorar de feliz.
Quando tentei chorar, a dor já era imensa e se prestava a tudo.
Havia algo de impreciso que te cercava e até hoje me cerca.
Persiste ainda um gosto de novo em tudo o que me destes,
mesmo depois de todos os séculos que se arrastaram
e arrancaram mil anos de minha vida.
E se alguma coisa se perdeu não foi o amor,
fomos nós mesmos
confusos de nossas almas.
*Fernando Mariz Masagão é músico, dramaturgo, poeta e colaborador de publicações online sobre arte, com crônicas e críticas musicais. Guitarrista e vocalista de bandas de rock'n'roll, tem formação clássica vigorosa, em cursos de regência sinfônica, apreciação musical e instrumentação.
* Por Fernando Mariz Masagão
Quando acudi ao choro que me ofertastes na infância de minha maturidade
não sabia que regaria com tuas lágrimas a flor que murchava em mim.
Quando pensei desprezar toda a sorte de sortilégios que a fé inocula
teu hálito movia minhas montanhas.
Quando quis rir, só pude chorar de feliz.
Quando tentei chorar, a dor já era imensa e se prestava a tudo.
Havia algo de impreciso que te cercava e até hoje me cerca.
Persiste ainda um gosto de novo em tudo o que me destes,
mesmo depois de todos os séculos que se arrastaram
e arrancaram mil anos de minha vida.
E se alguma coisa se perdeu não foi o amor,
fomos nós mesmos
confusos de nossas almas.
*Fernando Mariz Masagão é músico, dramaturgo, poeta e colaborador de publicações online sobre arte, com crônicas e críticas musicais. Guitarrista e vocalista de bandas de rock'n'roll, tem formação clássica vigorosa, em cursos de regência sinfônica, apreciação musical e instrumentação.
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