segunda-feira, 31 de outubro de 2011



Madrugada de orações

* Por Eliane Triska

Madrugadas passageiras, orem!
Aos versos torturados e insones.
São órfãos, viúvos e sem nomes
Às mãos poetas que o socorrem.

Aceito em cuidá-los como meus!
Pássaros sequiosos de alimentos
Lágrimas de choros sonolentos
Torres que se erguem para Deus!

Sopro-lhes no ventre e recito,
Versos d'um universo mais bonito;
Vagidos do berçário das estrelas

Que doam-se à luz ainda criança
E morrem no vaso da esperança
De cegos que não podem percebê-las.

• Poetisa gaúcha residente em Canoas/RS

Um comentário:

  1. Se a fome não machucasse tanto
    o estômago, a poesia seria o
    maior dos bálsamos.
    Abraços

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