Vão chegando os livros
* Por Woden Madruga
* Por Woden Madruga
Chegam os livros, alguns pelo correio, vindos de províncias vizinhas, outros alcançam os escaninhos desta Tribuna do Norte quando a safra procede dos quintais daqui mesmo da aldeia. Esta semana foram cinco.
Do Recife, o poeta Talis Andrade me manda seus dois últimos livros, Sertões de Dentro e de Fora e Romance do Emparedado, lançados agora em outubro na Bienal Nacional do Livro de Recife, ambos editados pela Editora Livro Rápido, de Tarcísio Pereira, que foi dono da maior livraria nordestina, a Livro 7, do Recife. Fez época no mundo literário pernambucano nos anos oitenta e noventa do século que passou. Puxa, como o século passou depressa! Tarcísio, gente da melhor qualidade, é seridoense com sangue de Currais Novos. Montou agora sua tenda em Olinda onde continua recebendo poetas e escritores de todas aquelas ribeiras.
Romance do Emparedado é dedicado a Ticiano Duarte, amizade natalense do poeta derna dos tempos em que os dois se cruzavam pela redação da velha A República e esticavam a noite pela melhor boemia desta terra de Poti mais bela. Em Sertões de Dentro e de Fora, Talis revira a história para registrar a presença nas matas litorâneas dos primeiros colonizadores, abrindo, a partir daí, os caminhos para se chegar aos agrestes, antecipando-se aos desertões/sertões:
“Nos campos abertos
dos sertões soltaram o gado
saciando a voracidade
de mais terras e currais”.
Gosto de Talis e gosto de seu lirismo, um eterno apaixonado.
Ele juntou ao Romance emparedado uma crítica de Jaime dos G.Wanderley ao seu livro de estréia Esquife Encarnado, publicado nos idos de 1957. O poeta andava pelos vintanos. A crítica de Jaime saiu em “A República” em agosto do ano seguinte.
Dizia Jaime, também poeta e – na juventude – companheiro de Cascudo nas noitadas natalenses:
“A moda dos outro poetas, Talis escolheu a mulher para se avatar (…) Nenhum poeta, até hoje, livrou-se do eterno feminino, pedra de toque da angústia de todos os torturados e de todos os sonhadores”. Grande Jaime.
Do Recife, o poeta Talis Andrade me manda seus dois últimos livros, Sertões de Dentro e de Fora e Romance do Emparedado, lançados agora em outubro na Bienal Nacional do Livro de Recife, ambos editados pela Editora Livro Rápido, de Tarcísio Pereira, que foi dono da maior livraria nordestina, a Livro 7, do Recife. Fez época no mundo literário pernambucano nos anos oitenta e noventa do século que passou. Puxa, como o século passou depressa! Tarcísio, gente da melhor qualidade, é seridoense com sangue de Currais Novos. Montou agora sua tenda em Olinda onde continua recebendo poetas e escritores de todas aquelas ribeiras.
Romance do Emparedado é dedicado a Ticiano Duarte, amizade natalense do poeta derna dos tempos em que os dois se cruzavam pela redação da velha A República e esticavam a noite pela melhor boemia desta terra de Poti mais bela. Em Sertões de Dentro e de Fora, Talis revira a história para registrar a presença nas matas litorâneas dos primeiros colonizadores, abrindo, a partir daí, os caminhos para se chegar aos agrestes, antecipando-se aos desertões/sertões:
“Nos campos abertos
dos sertões soltaram o gado
saciando a voracidade
de mais terras e currais”.
Gosto de Talis e gosto de seu lirismo, um eterno apaixonado.
Ele juntou ao Romance emparedado uma crítica de Jaime dos G.Wanderley ao seu livro de estréia Esquife Encarnado, publicado nos idos de 1957. O poeta andava pelos vintanos. A crítica de Jaime saiu em “A República” em agosto do ano seguinte.
Dizia Jaime, também poeta e – na juventude – companheiro de Cascudo nas noitadas natalenses:
“A moda dos outro poetas, Talis escolheu a mulher para se avatar (…) Nenhum poeta, até hoje, livrou-se do eterno feminino, pedra de toque da angústia de todos os torturados e de todos os sonhadores”. Grande Jaime.
(Publicado em 24 de julho de 2011 na “Tribuna do Norte”, de Natal/RN).
• Jornalista e colunista do jornal Tribuna do Norte de Natal/RN
• Jornalista e colunista do jornal Tribuna do Norte de Natal/RN
Bons ventos o tragam Woden e obrigado por nos trazer um pouco desse poeta intenso Talis Andrade.
ResponderExcluirAbraços