segunda-feira, 18 de julho de 2011







Cantiga da desesperança

* Por Talis Andrade

O vazio é tudo
o vazio é nada
o vazio possui
um predominante
matiz
ora azul
azul-
celeste
ora verde
verde-
mar

O vazio é tudo
o vazio é nada
o vazio possui
a cor furtiva
dos teus olhos
fugindo
dos meus olhos
turvos

Tristes olhos
de amante infeliz
num tempo de danças
delirantes andanças
num tempo sem tempo
para a morte lenta
de quem se alimenta
de esperanças


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

Um comentário:

  1. Imagens vão passando na nossa frente, a medida que muda de assunto, mas não perde a inspiração.

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