terça-feira, 26 de julho de 2011







Da solidão dos páramos

* Por Talis Andrade

A solidão se espalha
pelo vazio tempo
vazios espaços

A solidão a solidão
triste caminhar
perdido nas areias
de um deserto infinito
A condição de náufrago
na compacta escuridão de um mar
de silenciosas vagas
O tragicômico de (pre)figurar-se
tão cinematograficamente só
quanto um astronauta
cortado o cordão umbilical
com a nave
desaparece tragado
pelo espaço abissal

A solidão tem mil portas
que se abrem
para extensões vazias

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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