domingo, 24 de julho de 2011



O lobo

* Por Rejane (Mel) Britto

Grande boca
escancarada
não me trate
por covarde.
Se o mel é seu sustento
que ele adoce sua baba.

Queima-lhe a face,
assanhada,
a doce língua
que arde.
No prazer do linimento,
é aí que a fera se acaba.

Do lobo
sobra a carcaça.
Não mais uiva
nem reclama.
Nem que seja por pirraça,
o predador vira caça,
da sua pele
faço minha cama.

• Poetisa e integrante do grupo “Poetas Independentes” do Recife

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