sexta-feira, 3 de julho de 2009




Pílulas Literárias 11

* Por Eduardo Oliveira Freire

SEM ESCAPATÓRIA


Fugiu para um lugar inabitado. Não queria sentir mais inveja. Todavia, ao olhar a imensidão do vazio, a cobiça o arrebatou.

MÃOS AFETUOSAS

acarinhavam a fera, de repente, foram dilaceradas por ela. A ternura do toque fez com que lhe alertasse o instinto de que corria um grande perigo.

DESEJO DE LIBERDADE

No início, queria ser um substantivo primitivo, que dá origem a outras palavras. Depois aspirava se tornar verbo, mas, descobriu que tanto um como o outro são farinha do mesmo saco; classificam os fatos e os atos. Então, resolve banir-se do reino das letras.

APRISIONANDO-SE

O brilho da lua cheia ilumina a sua pele suada. Reforça portas e janelas para não caçar. Enquanto isto, moças e rapazes, com capas vermelhas, perdem-se nas esquinas da cidade escura.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor.

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